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Orientações sobre a Febre Amarela e Gestação

Atualizado: 28 de set. de 2018

A febre amarela é uma doença viral aguda transmitida pela picada de mosquitos contaminados (Aedes e Haemagogus). A forma hemorrágica possui taxa de letalidade de 50%. A contaminação ocorre nos meses mais chuvosos.

​O quadro clínico se caracteriza por febre alta, cefaléia, calafrios, dor muscular, náuseas e vômitos e prostração com duração de 3 dias. Após 2 dias há resolução espontânea do quadro ou evolui para forma hemorrágica grave. Nesta última ocorrem sinais de sangramento de pele e/ou mucosas como vômitos com sangue, manchas vermelhas na pele, insuficiência renal e hepática com possibilidade de óbito em 6 a 7 dias. 

Na gestação o que se sabe é que pode ter pior evolução com risco maior de abortamento e óbito da gestante. Apesar dos poucos casos estudados, não foi observado transmissão para o feto. A vacina contra a febre amarela é de vírus vivo atenuado e por isso contraindicada na gestação. Porém, na vigência de surtos, as gestantes podem ser vacinadas.

​Após a vacinação, o efeito protetivo ocorre em 10 dias, por isso a recomendação de fazer a vacina 10 dias antes da viagem para zona endêmica. 

Mulheres em idade fértil que realizam a vacina devem ser orientadas sobre anticoncepção por 30 dias, mas no caso de gravidez devem ser tranquilizadas, pois o risco teórico de complicações é baixo. 

Mulheres em aleitamento materno que realizam a vacina devem suspender o aleitamento por 28 dias se o bebê tem menos de 6 meses. 

​É importante que gestantes e lactentes consultem seu médico obstetra para avaliar a necessidade de vacinação caso a caso.




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